quarta-feira, 24 de julho de 2019

FALÊNCIA


Saí de casa cedo, movida pelas memórias da juventude: - os mesmos cheiros na Serra, o calor excessivo, os cães e o mundo lá em baixo, na cidade tão minha.
Saí, e procurei a boleima do meu Liceu. Aquela que comia nos intervalos, sentada nas escadinhas da Praça que ainda não era (ou se era eu não sabia) da República. 
Deparei-me com a padaria fechada. Férias, pensei. Procurei outra. Fechada. Férias, também? Perguntei na Farmácia: - Faliu, já nao há padaria! Mas pode comprar pão ali no café.
Comprei o pão no café. E a tristeza voltou. Pobre cidade onde até o pão leva à falência!

1 comentário:

  1. E as boleimas, as verdadeiras são as da padaria, as outras que lhe roubaram o nome (de maçã, de gila...) não são a mesma coisa. E como os meus netos adoram boleima, a de padaria, claro!

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