terça-feira, 29 de outubro de 2019

PROVOCAÇÃO

Já perdi a conta às vezes  que eu decido uma coisa, e faço outra. Desta vez, tinha pensado nem me pronunciar sobre a entrada na Assembleia da República do assessor de Joacine Katar, aquela senhora do Livre que parece que sofre de gaguez intermitente. Achei ridículo, (mas acho tanta coisa ridícula), e decidi ignorar. 
Mas os comentários que tenho ouvido, e lido, obrigaram-me a mudar de opinião. Forçaram-me a ter opinião!
E não, não é indiferente a forma como cada um se apresenta em lugares públicos. Porquê? porque, para se ser sociedade, há regras, há normas, há costumes que nos unem. Lembro-me das minhas filhas perguntarem por que razão não podiam levantar-se da mesa sem pedir licença, ou por que razão tinham de esperar para começar a comer, ou porque não podiam sentar-se com os pés em cima da mesa. A resposta é óbvia: - Porque há regras na sociedade em que vivemos!
Este assessor, com a saia que nem escocesa era, é, para mim, uma figura ridícula e provocatória. Dir-me-ão que cada um é como é. Certo. Relativamente... Pensemos que o homem era acrobata, seria aceitável que entrasse no Parlamento às cambalhotas, ou fazendo o pino? Ou vestido de maillot cintilante??
Penso que há alguma confusão, que começa a ser preocupante, sobre o que é ser livre e o que é ser provocatoriamente absurdo. 
Ser livre obriga a ser responsável! Afinal, já quase há 100 anos Sartre dizia que "liberdade não é fazer o que se quer, mas querer fazer o que se faz!"
Pessoalmente, e tentando não cair nos achismos que fazem o quotidiano, não gosto deste assessor e lamento que possa circular, e opinar, na Casa da Democracia Portuguesa. 

2 comentários:

  1. Luísa, há gente que faz-tudo para se evidenciar e dp tem plateia, neste caso, a aplaudi-lo! Uma tristeza esta palhaçada!

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