quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

FOTOGRAFIAS

Resolvi arrumar a caixa enorme de fotografias antigas. Tantas. De avós, primos, amigos, rostos que não reconheço, heranças de avós e pais. No meio, nós. Pequenos, adolescentes, adultos mesmo.
O tempo amareleceu a fotografia. Quanto tempo? Não sei, não quero saber. Porque o Tempo fica sem Tempo quando deixa de marcar tempos. Ali estávamos juntos, sorriamos, e olhávamos na mesma direcção. Ainda não nos tínhamos perdido nas encruzilhadas dos caminhos, ainda não precisávamos de recorrer ao GPS. 
Ali conheci o teu toque, o teu cheiro, a força do teu abraço. Era ali o momento prenhe de mil momentos que fomos abortando descuidados.



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