quarta-feira, 18 de novembro de 2020

TRANSFORMAÇÃO

 Este 2020, ano bissexto dos meus 60 anos, tem-se revelado o pior possível! Somam-se perdas, crescem vazios, aumentam as dificuldades, tornam-se rotina os absurdos. 

Voltando à Escola, e de novo com uma turma à minha frente, sinto, e penso, no enorme desafio que se me coloca. Como educar para o desconhecido, para o imprevisto? E concluo que, com certeza, não conseguirei cumprir os desafios mantendo as rotinas de um tempo que, porque é passado, perdeu o sentido. A Escola de 2018 não serve em 2020, como poderá servir a de 2000, ou de 1974??

Desafio os miúdos para o desenvolvimento do espírito crítico, para o sentido estético,  para a urgência de encontrar novas respostas, para o fascínio de construir sentidos com palavras. Sinto que têm dificuldade, querem regras e segurança, e eu tento o equilíbrio neste voluntário desequilíbrio no qual quero que desenvolvam competências. 

Tento desenvolver neles a autonomia, o sentido de responsabilidade, o gosto pela ousadia consciente. Tento... 

Olho, de novo com tristeza e susto, a Escola de hoje. Há tanto por e para fazer. E não, agora, o que não acontece não tem como justificação os documentos legais, as orientações da tutela. não! Bem pelo contrário...

Este não tem de ser "o tempo dos chacais". Este tem de ser o Tempo da Verdade e da transformação do mundo, logo, da Educação!

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