Mais medidas de austeridade, mais furos no cinto que já tem forma de banda gástrica. Sobe o IVA, os impostos, o custo de vida e, ao mesmo tempo, desce a qualidade de vida, descem as reformas, desce o poder de compra. Assim, creio eu, se destrói uma sociedade, se sufoca um povo inteiro.
Ouvi as medidas anunciadas com tristeza e já sem revolta. Sinto-me, como muitos portugueses decerto, uma condenada. Condenada a uma vida que não quero, ao desmando de um governo que não escolhi, à tristeza de um povo que não compreendo.
A democracia está a colapsar. As pessoas, algumas ainda humanas, descrêem do poder da sua intervenção, da força da organização política e social e, também por isso, isolam-se, demitem-se de participar, tentam soluções individuais. Quando a Democacia falha, surgem as ditaduras, a força de poucos, o domínio da injustiça, o fim da liberdade.
Hoje, tenho medo. Medo por pensar que, do desnorte actual, da loucura vigente,se faz o caminho da chegada da ditadura...
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