Normalmente, deito fora todos os livrinhos de instruções que acompanham os electrodomésticos, os rádios, os telemóveis, os automóveis e as milhentas maquinetas que, cada vez mais, compõem o nosso dia-a-dia. Não tenho paciência para aquelas leituras, que, curiosamente, fazem parte do programa de português do ensino básico sob o nome pomposo de "textos instrucionais" , e vou descobrindo, por tentativa e erro , muito erro, como funcionam as minhas aquisições. Às vezes, só muito tempo depois de ter adquirido algo descubro, até por acaso, algumas das potencialidades ao meu dispor.
Deu-me, por isso, para pensar que, embora às vezes a vida pareça uma maquinete armadilhada, feita de explosões e sustos, com potencialidades ocultas, de nada me adiantaria que viesse com livro de instruções.
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