Bem cedo, saio de casa para trabalhar. É Outono a sério, um Outono suave, pintado de cores ternas e fortes. Gosto de sair cedo, mal o dia desperta, tentando, ainda que sem sucesso, iludir as horas. Oiço Reis "Não quero recordar, nem conhecer-me". E eu quero recordar. Quero recuperar outros amanheceres, outros tempos, outras existências talvez. Na minha memória, o cenário repete-se: - a minha cidade embrulhada em nuvens, o descer da Serra de sempre carregando ora sonhos, ora desilusões. Sei, como Reis, que "Melhor vida é a que dura sem medir-se", mas eu não quero ser Reis.
Setôra esta é escrita difícil. Acho que não percebo.
ResponderEliminarAna
Viver sem medir o tempo? Eu até tenho uma coleção de swatches...
ResponderEliminarJoão
Mas nao te percas nas memorias, o presente e o agora! Morremos de saudades tuas.
ResponderEliminarAdoro-te
Filipa
Belo texto, Luisinha querida!
ResponderEliminarO Ricardo Reis não é para seguir...Deixemo-nos de ataraxias!Ou indiferenças? Vivamos a vida viva e bela, olhando para trás ...só para olhar em frente a seguir!Bons dias se avizinham na pérfida Albion. Enjoy...
Que maravilhosa fotografia da nossa terra! Vou-ta roubar já...
ResponderEliminarSetôra, `bora a recordar e a sonhar à vontade, e sem marcação do tempo... ...
ResponderEliminarPoderia aqui deixar esta frase sabedora, de alguém...?
-"A prisão não são grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. é uma questão de consciência".
A liberdade de usar a memória vale quanto há!!
= Mahatma Gandhi
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