segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Propósito de Ricardo Reis

Bem cedo, saio de casa para trabalhar. É Outono  a sério, um Outono suave, pintado de cores ternas e fortes. Gosto de sair cedo, mal o dia desperta, tentando, ainda que sem sucesso, iludir as horas. Oiço Reis "Não quero recordar, nem conhecer-me". E eu quero recordar. Quero recuperar outros amanheceres, outros tempos, outras existências talvez. Na minha memória, o cenário repete-se: - a minha cidade embrulhada em nuvens, o descer da Serra de sempre carregando ora sonhos, ora desilusões. Sei, como Reis, que "Melhor vida é a que dura sem medir-se", mas eu não quero ser Reis. 

7 comentários:

  1. Setôra esta é escrita difícil. Acho que não percebo.
    Ana

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  2. Viver sem medir o tempo? Eu até tenho uma coleção de swatches...
    João

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  3. Mas nao te percas nas memorias, o presente e o agora! Morremos de saudades tuas.
    Adoro-te
    Filipa

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  4. Belo texto, Luisinha querida!
    O Ricardo Reis não é para seguir...Deixemo-nos de ataraxias!Ou indiferenças? Vivamos a vida viva e bela, olhando para trás ...só para olhar em frente a seguir!Bons dias se avizinham na pérfida Albion. Enjoy...

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  5. Que maravilhosa fotografia da nossa terra! Vou-ta roubar já...

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  6. Setôra, `bora a recordar e a sonhar à vontade, e sem marcação do tempo... ...
    Poderia aqui deixar esta frase sabedora, de alguém...?

    -"A prisão não são grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. é uma questão de consciência".
    A liberdade de usar a memória vale quanto há!!

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