Não me lembro, com grande pormenor, da primeira versão da novela Gabriela. Recordo o seu Nacib, tivemos um cão com esse nome, tenho uma vaga ideia do Dr. Mundinho (era o José Wilker, à época muito charmoso), mas não me lembro dos pormenores. Talvez por isso, tenho seguido a nova Gabriela sem preconceitos.
Já há muitos anos, talvez desde o Casarão, que não seguia uma novela, mas rendi-me à Gabriela. E não é o erotismo (quase pornografia), nem sequer a hipocrisia violenta dos coronéis, o que me prende ao ecrã.
O que me faz ficar esperando as dez e meia na SIC, é a alegria e a ingenuidade da nova Gabriela. Esta mulher é jovem, sonhadora, ignorante, ingenua mas, acho eu, cheia de magia e verdade. Com um sorriso, deita por terra as rigorosas normas sociais, com uma gargalhada desarma as imposições de uma sociedade limitada e obtusa.
Com ternura, Gabriela ama o seu Nacib sem cobranças, com a facilidade com que a chuva cai do céu e as plantas germinam.
Sem ser vulgar, a Gabriela traz-me uma visão doce do Amor. Um amor de fazer, de tocar, de sentir e saborear, sem regras nem obediências. Agora, ouvindo a chuva forte, muito intensa mesmo, lá fora, lembro a ternura da Gabriela e penso que Jorge Amado soube decifrar as emoções de qualquer mulher. Há alguns homens assim, mas são raros...
Os raros.. interessante!
ResponderEliminarMil beijos querida
Esta coisa dos "raros", onde se compra?
ResponderEliminarnão se compram, vêm embrulhados já assim..
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