O frio recebia-o ali, em Londres, a sua cidade de eleição. Podia ser feliz na cidade do nevoeiro, entre pontes e história, num cosmopolitismo que o atraía sempre. Gostava de caminhar pelas ruas cheias, envolto no seu velho e quente sobretudo cinzento, mergulhando no rio o olhar carregado de sonhos. Sim, ainda sonhava. Apesar das armadilhas da vida, sonhava sempre. Em Londres refizera a vida, depois de um adeus doloroso, e ali vira crescer, de longe, os filhos. Eles tinham voltado à sua Inglaterra e, agora, eram mais ingleses do que ele... Tinham encontrado um lugar onde pertenciam. Ele não.
À sua volta muitos turistas enchiam a rua de gargalhadas. Alguns, muito jovens, falavam português, como ele. Mas ignorou-os e seguiu. Não procurava companhia, não queria as saudações de ocasião. O que queria mesmo era uma luz! Um sinal! Uma ajuda para saber como responder à carta que lhe ardia no bolso..
Oh setôra! O que era a carta?! Conte lá o resto!
ResponderEliminarAna
POIS...E O QUE DIZIA CARTA? O QUE DIZIA A CARTA?
ResponderEliminarUm belo, belo texto! Gostei muito!Bem...também fiquei curiosa: o que era essa carta misteriosa????
ResponderEliminarbeijinhos cá de longe, mas sempre perto de ti!