Bem no alto do edifício, fica o lugar eleito para um bom café. Deveria ser chá, afinal estamos em Inglaterra, mas não negamos as origens e arriscamos no café. Chega quente, cheiroso, mas fraquinho. Sabe-me bem, ainda assim. Aqueço as mãos geladas na chávena de loiça pintada e olho, lá fora, as colinas de Surrey. É um país um pouco meu, este onde crescem os meus netos mais velhos. Olho as gentes, o gosto pelo que é deles, o cuidado com que garantem, bem escrito em todas as embalagens, que aqueles iogurtes vieram de uma quinta de uma familia inglesa de agricultores. Gosto da forma como se orgulham do que são, como protegem o que lhes dá identidade, da forma como enchem a rua principal, semanalmente, de produtos verdadeiros e que continuam produzindo com o que julgo ser amor verdadeiro. Não quero alinhar na máxima de que "a galinha da minha vizinha é melhor do que a minha"... Mas, de verdade, e embora também por terras de sua Majestade se viva a crise, não vi por lá ASAE, nem outras desgraças que tais...
Inglesisses alguem diria!
ResponderEliminarOs ingleses são mesmo assim? Acho que a setôra os vê com a ternura de ter lá os netos... Sempre os achei uns pedantes!
ResponderEliminarAna