sábado, 3 de dezembro de 2011

E se de repente?...

Há uns anos havia um slogan publicitário que dizia assim: "E se de repente alguém lhe oferecer flores, isso é Impulse". Já nem sei dizer o que era Impulse, se um desdorizante, um perfume ou outra coisa qualquer, mas hoje o slogan ganhou vida na minha cabeça. E se, de repente, a História fosse mentira? E se, de repente, Shakespear não tivesse escrito nada e fosse mesmo analfabeto? E se, de repente, se provasse que D. Afonso Henriques não existiu, que Vasco da Gama era só um corsário, que o Infante D. Henrique tinha medo do mar, que D. Filipa de Lencastre era estéril, que Nuno Álvares Pereira era um mercenário?! E se, de repente, as verdades que sustentam as mentiras actuais, as verdades em que sempre acreditamos e que nos ajudam a ganhar forças no presente, fossem todas falsidades?! Ainda bem que não sou professora de História... é que, depois de ver o filme Anónimo, fiquei angustiada mesmo.
Eu defendo, sempre, que o importante é o presente, que o passado já não é e o futuro nunca será, mas, ainda assim, acho que vacilarei se me disserem que Luís de Camões não escreveu a mais bela poesia lírica de sempre!

3 comentários:

  1. Eu não me admirava nada, que também, os do Estado fizessem delete na Histótia toda , só para não terem que prestar contas, nem correrem o risco de serem comparados aos grandes homens do passado...

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  2. A verdade de hoje pode assentar num alicerce de pequenas mentiras que se foram consolidando como verdades.

    Desde o Adão e Eva, desde a maçã, à parra de uva que foi colocada para esconder qualquer coisa, para ocultar uma realidade...

    A verdade, hoje, é a que vivemos, as causas é que podem ser mentiras, pelo menos as causas que nos querem fazer engolir...

    A mentira é um mal dos homens, até o próprio São Pedro negou Cristo... e foi preciso que o galo, um animal não um homem, lhe fizesse ver a verdade.

    Sem mentiras, admiro-a muito pelo que diz e escreve.
    Cumprimentos.

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  3. Eles até podiam dizer que era mentira, mas teriam que provar.
    Só acredito em provas.

    Beijo

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