O primeiro ministro de Portugal anunciou novas medidas de austeridade para 2012. Anunciou-as com convicção, assumindo um fatalismo que me parece doentio e grave. Mais impostos, mais subidas de preços, menos serviço de saúde, menos educação, menos (abaixo de zero conta?) cultura, menos qualidade de vida. Porque, diz ele, só assim conseguiremos pagar a dívida e conter o defice. Oiço-o com angústia, medo e revolta.
Eu votei neste governo! Eu acreditei que esta gente jovem, com sonhos diferentes, com conhecimento real, seria capaz de colocar o meu país num novo rumo. Hoje, estou duplamente desiludida! Não só porque afinal não têm conhecimentos nem sonhos, mas também porque não ousam políticas diferentes! Afinal, estes são iguais aos outros, que eram como os anteriores, que copiavam os antecessores, que imitavam os últimos! Estes governantes de hoje fazem política de merceeiro: - livro de assentos, aumentar preços, sufocar a freguesia! Destes governantes ainda não me chegou NADA de tranquilizante, nada de bom... O ministro da educação, em quem depositei tanta esperanças, parece ter-se sumido entre legislações obsoletas e coisa nenhuma; o ministro dos negócios estrangeiros, deve estar em férias algures no estrangeiro; a super-ministra das pescas, da agricultura e de mais não sei o quê, deve estar a acertar a temperatura exacta do ar condicionado do seu ministério e, parece, o governo (des)funciona apenas com Passos Coelho, Vitor Gaspar e Miguel Relvas! Posto isto, e perante as ameaças dos últimos dias, apetece-me propor que fechem também a Assembleia da República, que vão todos trabalhar e assumam que apenas a Troika manda neste pobre Portugal!
Eu tenho confiança no Passos Coelho. Acho-o com personalidade. O Paulo Portas, também acho ainda , pessoa séria. O Miguel Relvas também, ou por brio, ou seja pelo que for, activo! Ainda não estou desencantada..., mas será que já era hora do P.M.dizer para aquela gente:- Calma aí, estiquem -me os prazos, pois não posso deixar os portugueses, gente de raça e de trabalho, sem nada!
ResponderEliminarNão seria bom que alguém o aconselhasse?...
o que faz funcionar isto tudo mal, muito mal, é Portugal estar a ser governado pela dupla Merkel-Sarcozy...
ResponderEliminarQuantas vezes não pensamos que vamos fazer as coisas de uma maneira e, depois, pela força das circunstâncias, somos coagidos a fazer doutra?
ResponderEliminarQuantas vezes dizemos aos outros que tudo vai acontecer de um modo rápido, ou mesmo na hora e, depois, tudo se adia, tudo fica em águas de bacalhau?
Muitas vezes o nosso dia a dia é feito de desilusões, de adiamentos, e não é isso que nos faz desistir, há que ter muita tolerância, há que manter a esperança... e, saber esperar, é uma virtude.
Eu que o diga! Tantas e tantas vezes que isso me acontece! A si, não?
Cumprimentos.