quinta-feira, 11 de junho de 2020

O DISCURSO

Ouvi, de olhar humedecido, o discurso do Cardeal Tolentino de Mendonça, ontem, naquele espaço fantástico que é o Mosteiro dos Jerónimos. Foi ontem. Era dia de Portugal, eu estava desiludida, triste mesmo, e as palavras sábias, sentidas e cheias de Humanismo, fizeram-me bem. 
Hoje, consegui o texto e li-o, de fio a pavio, com muita atenção. Não é só uma peça literária. É um abanar de consciências, sem demagogias, sem ódio, e com muita Verdade. O cardeal Tolentino lembra a história, para exigir que o presente se cumpra com sentido; cita Camões, par falar de humanidade, de tempestades que todos sofremos, das intempéries que sempre enfrentamos. Ao longo do texto, mostra o que é o Cristianismo, sem acusar, sempre compreendendo e sentindo.
Para o ano, eu vou voltar a ter alunos. Para o ano, eu vou voltar a poder fazer pensar (e como é difícil pensar e aprender a pensar) e vou, de certeza, trabalhar este texto com os meus alunos. Porque eu acredito, mas convictamente,  que só através da Educação e da Escola, só aprendendo a pensar, será possível construir, um dia, um mundo melhor. Mais humano, sobretudo!

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