segunda-feira, 15 de junho de 2020

REINVENÇÃO

Valter Hugo Mãe, in As mais belas coisas do mundo  refere: «Eu sei que ele queria chamar a atenção para a importância de aprender. Explicava que aprender é mudar de conduta, fazer melhor. Quem sabe melhor e continua a cometer o mesmo erro, não aprendeu nada, apenas acedeu à informação.» 

É isto, em poucas palavras. 
Não podemos acomodar-nos, é impossível parar o mundo, existir não é viver e, para vivermos, temos de nos reinventar a cada passo, de tentarmos, mesmo sem conseguirmos, fazer cada hoje melhor que cada ontem. Penso isto para mim. E tento cumprir. 
Olho o meu mundo, as flores que a cada manhã gritam energia, o céu onde as nuvens se movimentam tomando, elas também, novas formas. Tento adaptar-me. Calar a raiva, desilusão e fúria, que me causa o quotidiano. Calar a minha vontade de insultar, usando as palavras mais feias que o dicionário me oferece, aqueles que destroem estátuas, grafitam monumentos, tornam pública a violenta estupidez de que padecem.
Não gosto do mundo que integro. Mas, não conhecendo outro, resta-me tornar cada amanhecer mais significativo e pacífico. Tenho de ser capaz de me reinventar. É a alternativa a desistir.

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