segunda-feira, 29 de junho de 2020

OS RANKINGS

Talvez astenia, depressão, desilusão, cansaço, sejam as causas, juntas ou singulares, para  esta minha vontade de nada fazer, nada dizer, entristecer-me apenas. Vi os rankings, mais um ano..., e a minha desilusão cresceu mais. Por que razão continua o governo a permitir a realização destes rankings que nada reflectem? Por que razão a comunicação social insiste nestas listas de graduação de escolas que nada trazem de bom, nem ao ensino, nem à sociedade?
Uma Escola deve ser um espaço onde a democracia funciona de facto, onde as aprendizagens acontecem de acordo com as possibilidades de cada um, num constante crescer como Pessoa. Uma Escola que, como alguns pais, só se preocupa com os resultados dos exames, que procura ter os alunos que - como oiço dizer - "dão garantias de sucesso", não é uma Escola real. 
Hoje, neste louco século de pandemias, virtualidade, digital, solidão e injustiça, a Escola, sobretudo a Pública, tem de ser capaz de funcionar como elevador social. Tem de olhar para as diferenças e fazer delas processos de sucesso. Os rankings vêm, apenas, acentuar as diferenças sociais, encher de orgulho alguns explicadores e  iludir os alunos. Se eu mandasse, não haveria rankings. 
Se eu mandasse, as Escolas teriam abertas as portas principais para deixar entrar a magia, o sonho, e o êxito de todos.

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