quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A sala enche-se do frufru de vestidos cuidados, de gravatas garridas (usam-se as pintinhas), de perfumes intensos. Vai falar-se de livros, de leituras e leitores, de esforços para formar leitores num mundo sem lugar para a cultura. Pretende-se encontrar estratégias que ajudem os jovens, e as crianças, a gostar dos livros... Afirma-se  que os computadores são um apoio e ouvem-se protestos murmurados. Calo as minhas dúvidas, a minha certeza (?) que é pelos afectos que se chega ao amor pelos livros. Sinto que desisto, que conscientemente me demito, que o vazio das respostas me cansam já. Aceito, por isso, a proposta de um colega para tomar um café. Um grupo pequeno, apenas cinco professores. E a conversa flui, os sentidos surgem. Sinto uma minúscula esperança a reaparecer. Queria ter forças para avivar a pequena chama que nasceu, agora, entre pares.

2 comentários:

  1. Oi Luisa!
    O hábito da leitura é passado de pais para filhos antes de eles ingressarem na vida escolar. Fazer um aluno tomar gosto pela leitura é uma difícil missão. Se descobrir, me conte. [sorrio]
    Prazer estar aqui! Com tempo, venha ler e comentar GAROTA FROM IPANEMA no http://jefhcardoso.blogspot.com
    Caso goste do texto e do blog conto com seu voto na 2ª fase do Top Blog 2012, obrigado e aquele abraço.


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  2. É como o bom lume! Começa sempre pelo acender de um fósforo, uma chama pequena, que vai chegando o calor e o fogo ao resto dos paus de lenha...

    A partir daí o lume é bom e basta, apenas, ir ajeitando as cavacas, acrescentando outros, e o calor vai fazendo fluir as conversas e enchendo tudo de sentido.

    Bjs

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