Vem comigo. Está frio, há vento, os ouriços começam a cair dos castanheiros enormes, a solidão escurece mais cedo. Mudaram a hora, fizeram a noite maior e os serões mais longos. Agora, sai-se dos empregos de noite, acorda-se de noite também. De repente, aproveitando a cumplicidade forçada de um domingo inócuo, encolheram as horas de sol.
Não gosto de chegar a casa de noite!
No entanto, gosto do perfume das castanhas que enche o ar, acho piada ao fumo que enche o Rossio, e não resisto a sorrir perante os narizes de vermelho gelado dos meus alunos.
A noite cresceu, o escuro alastrou. Vem comigo, tu. Por favor.
Vem comigo
ResponderEliminarNo caminho eu explico
Vai ser divertido
Vem!
Mil beijos..
A Setôra está sempre a pedir Outono e Inverno, chuvinha molhada e nevoeiro na sua Serra, depois , é o que dá- até lhe encolhem os dias...!
ResponderEliminarMas, é bom o fumo das castanhas, os dias acinzentados, as lareiras a deitar fumo pelas chaminés, um livrinho e uma chávena de qualquer coisa quentinha, na chegada a casa, mesmo já de noite...