As férias, as caminhadas longas, as paisagens calmas e tranquilizantes, a distância do mundo real de cada um nós ajuda, creio eu, a renovar a fé na humanidade, a re-acreditar que a felicidade existe, ainda que, como diz Vinicius de Moraes, "só se seja feliz enquanto a felicidade durar"... Acho legítimo que as pessoas procurem a felicidade, que não se contentem com a rotina medíocre, que lutem por viver pequenos nadas de ser feliz. Com frequência oiço dizer que a felicidade não existe, que devemos contentar-nos com o possível. Muitas vezes, oiço criticar quem procura sempre, sem se render ao que corre mal, sem entregar os pontos, sem se colar a passados de doer. Dizem-me, com certezas alheias que me ficam curtas, que a geração a que pertenço é inconsequente, não se satisfaz com o que consegue da vida e, por isso, as relações eternas de 60 anos e mais já são raras. Agora, com o mar por companhia, embalando a minha Constança e contando-lhe histórias de deusas e mulheres, penso que é bom ter-se coragem para lutar por pequenas (in)significâncias de ser feliz. Lutar, acho eu, custa bem mais do que calar e aceitar, baixando os braços, aquilo que a vida (cruel) resolve ir dando a cada dia...
Tens razão, Luisa, eu acho "que NÃO devemos contentar-nos com o possível." O sonho existe e continua. Não hoje, não amanhã e porque não para o ano? A felicidade existe! Nem que seja por momentos, mas existe e continua sempre a expectativa!
ResponderEliminarEmbala a Constança e conta-lhe belas histórias! Vais ver que ela também tas vai contar em breve...
Enjoy the moment! Carpe diem!& etc!
Embora concorde consigo, temos de reconhecer que, hoje em dia, lutar sempre é muito difícil! Cada vez mais...
ResponderEliminarFernando