Caminha segura, olhando com confiança o rebentar das ondas, ziguezagueando ao sabor do vento, fininho, que varre a areia. É livre, e não sabe o que é a Liberdade, é feliz, desconhecendo a Felicidade. Olho-a com uma certa inveja... Penso que as palavras, a mania (ou necessidade) de darmos nomes às coisas, as tornam frias e redutoras. Às vezes, o que sentimos, ou o que eu sinto, transborda das margens das letras, esborrata a tinta e não cabe nas linhas fininhas. A gaivota não tem esse problema, porque não tem palavras, porque, caminhando sozinha na praia ainda vazia de gente, não descodifica a palavra solidão!
Fantástica esta gaivota! Tem de ser fêmea. Pelo andar...
ResponderEliminarAntónio
Ó setora mas se não tivesse palavras, como escrevia os seus textos lindos?
ResponderEliminarJoão
É isso que sente, que transborda das margens das letras, que esborrata a tinta e não cabe nas linhas, que a torna especial..., é a sua essência, o conhecimento de si mesmo!!
ResponderEliminarNem todos se conhecem assim, por dentro.
-Ora isso é o caminho da realização, da felicidade, o nunca estar só...
Será que a gaivota sente alguma coisa dentro dela?!...
Boas férias Setôra!!
Aproveite a Constancinha!!