terça-feira, 12 de novembro de 2013

DIVÓRCIO

Numa reportagem recente, li que o número de divórcios tem diminuído e que, estranhamente, tem acontecido mais em casais mais velhos. Fiquei a pensar nisto. Faz-me sentido que os divórcios diminuam, não há dinheiro e as contas custam menos a pagar se forem partilhadas... Também compreendo que, com tantas dificuldades económicas, as pessoas (sobretudo as mulheres) sejam obrigadas a suportar mais agressões e solidões do que há uns anos.
Também o facto de casais mais velhos se separarem não me causa nenhuma estranheza. Cada vez mais, as pessoas procuram a tal felicidade quimérica, inexistente, dando valor à existência e estando, por isso, dispostas a tudo fazer para viverem bem e em paz, ainda que, mesmo que...
No fundo, acho que admiro as pessoas que, com 70 anos ou mais, têm coragem para agarrar a vida pelas orelhas e, contra a violência da crítica social que continua imparável, mudam de vida e refazem percursos. Pessoalmente, não acredito que ninguém nasça condenado à infelicidade, nem creio que seja saudável (nem sequer socialmente) aparentar bem-estar quando o quotidiano se faz de mágoa e dor.
No entanto, confesso, fico com uma ponta de inveja quando vejo os eternos casais darem ainda as mãos enrugadas...

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