Numa reportagem recente, li que o número de divórcios tem diminuído e que, estranhamente, tem acontecido mais em casais mais velhos. Fiquei a pensar nisto. Faz-me sentido que os divórcios diminuam, não há dinheiro e as contas custam menos a pagar se forem partilhadas... Também compreendo que, com tantas dificuldades económicas, as pessoas (sobretudo as mulheres) sejam obrigadas a suportar mais agressões e solidões do que há uns anos.
Também o facto de casais mais velhos se separarem não me causa nenhuma estranheza. Cada vez mais, as pessoas procuram a tal felicidade quimérica, inexistente, dando valor à existência e estando, por isso, dispostas a tudo fazer para viverem bem e em paz, ainda que, mesmo que...
No fundo, acho que admiro as pessoas que, com 70 anos ou mais, têm coragem para agarrar a vida pelas orelhas e, contra a violência da crítica social que continua imparável, mudam de vida e refazem percursos. Pessoalmente, não acredito que ninguém nasça condenado à infelicidade, nem creio que seja saudável (nem sequer socialmente) aparentar bem-estar quando o quotidiano se faz de mágoa e dor.
No entanto, confesso, fico com uma ponta de inveja quando vejo os eternos casais darem ainda as mãos enrugadas...
Ou novéis casais, de mãos dadas, também enrugadas...
ResponderEliminarAinda que, mesmo que... não faça sentido !?
ResponderEliminarPior quando divorciados na mesma casa
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