Sobe-se a custo a colina. Lá no alto, subitamente, sem aviso prévio, entra-se num quadro impressionista. Ao vivo, real, com fumos cheios de cheiros, com cores de um Outono que, sendo estrangeiro, é universal.
O silêncio é intenso. É o Surrey inglês, o campo das obras de Jane Austen que preencheram muitas horas da minha juventude. Ali caminham as personagens que reconheço, ali aconteceram os encontros e desencontros dos romances que revisito sempre com gosto. Ali, agora, crescem as minhas crianças. É estranho como num mundo diferente, num estrangeiro cultural e fisicamente distante, me sinto reencontrada e de bem comigo. Não são "Malhas que o império tece", mas são, penso, sentires que a existência constrói.
É lindo, a suavidade das cores, o encanto da paisagem, a intensidade do silêncio... pacificam a alma... enchem a existência de sentires...
ResponderEliminarLuisa, quando da minha estadia no Canadá, longe dos filhos, netos e da minha casa, sentia-me profundamente infeliz! Nada me consolava da distância até que naquele Outubro atravessei Vermont, numa escapadela que fizemos a Boston.
ResponderEliminarA partir daí jurei a mim mesma que perante a possibilidade que me foi dada de ser espectadora de semelhante maravilha jamais me queixaria da lonjura, o que cumpri!
A "fall" foi das coisas mais maravilhosas que vi na minha vida!
http://naterradosplatanos.blogs.sapo.pt/2010/10/10