quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

GREVE

Amanhã há greve, dizem. Podia haver sol, chuva, felicidade, um espectáculo interessante, um almoço de amigos, um nascimento, um casamento, mas não, há greve. Como se greve fosse uma festa, ou mesmo porque, como a greve sempre acontece à sexta-feira, surge a possibilidade de um fim-de-semana prolongado e, convenhamos, um dia a mais no fim-de-semana dá sempre muito jeito.
Eu não vou fazer greve. Não me lembro de, alguma vez, ter feito greve. Nem sequer quando discordava, e me indignava, contra as políticas da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, eu fiz greve. Obviamente, considero que o direito à greve deve existir. No entanto, porque sou profunda e claramente humanista e conheço a força da palavra e a essência da Democracia, acredito que há outras formas de fazer valer os nossos direitos. Ainda por cima, não me sentiria bem participando numa greve que, sobretudo, incomoda e prejudica quem não tem culpa...
Mas, porque, felizmente, ninguém liga nenhuma à minha opinião, amanhã há greve e eu, se fecharem a minha Escola, vou ter um dia de descanso! 

1 comentário:

  1. Eu fiz uma única vez greve nos meus 36 anos de serviço, a greve era só de professores e a exames e durante vários dias... acredita que já não sei o motivo?! Só sei que não houve danos para os exames porque o Conselho Diretivo encontrou um esquema rotativo já que a maior parte de nós a fez só por um dia (para marcar posição) já que poucas estariam para perder muitos dias de ordenado!

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