domingo, 19 de janeiro de 2020

INCOERÊNCIA MINHA

Às vezes, na missa de domingo, o senhor cónego faz perguntas que ficam cá dentro a incomodar, a procurar respostas. Hoje, perguntava por que razão, se acreditamos em Cristo, se sabemos que Ele fala de Amor e fraternidade, continuamos a agredir-nos, a cortar relações, a alimentar ódios. Quando ouvi a pergunta/provocação apeteceu-me responder: - Porque somos humanos!
Mas não respondi. Não me atrevi. Vim para casa com a pergunta inquietante, pensando nos meus pequenos e grandes des-gostos pessoais. Há pessoas de quem não gosto. Pessoas que me irritam, que acho que sempre procuram fazer mal, destruir, caluniar, condenar, criticar. Pessoas que, sempre que posso, evito, ou voto ao mais profundo silêncio. De mim para comigo, muitas vezes, digo que isto acontece porque sou humana.
Hoje, esta resposta fica-me curta, sabe-me a pouco. De facto, não há coerência entre o que eu penso e o que eu faço. Mais grave, não sei se vou ser capaz de mudar esta incoerência minha. 
Será que resulta seguir as palavras da minha avó? - Eu não odeio ninguém, para mim, essa pessoa está morta e enterrada! 

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