quarta-feira, 11 de abril de 2012

Chuvada

Bem diziam que a chuva havia de cair, que não ficaria para sempre no céu, que viria regar a terra quando bem entendesse. Ontem, foi o dia! Exactamente quando lhe apeteceu, caíu forte, inundou tudo, colou a roupa aos corpos, ofereceu constipações e lavou o mundo. Da janela do meu automóvel, atravessando o Alentejo, vi os campos ganharem novas cores, vi o verde rejuvenescer, vi, ou creio ter visto, o ar a limpar-se de areias e impurezas que tornam a realidade (ainda) mais baça. Ouvir a melodia da chuva, fez-me pensar que, de facto, a vida pode sempre refazer-se e limpar-se. A chuvada de ontem entrou em mim forte. Quem me dera que me lavasse também. De vez!

3 comentários:

  1. Imagino os campos do nosso Alentejo e as cores.
    A chuva faz bem à alma...Mas sem exageros, um pouco de Sol a seguir também ajuda.
    .....
    Beijinhos

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  2. Isto p'ra Setôra andar bem disposta c'a chuvinha, fico eu, cabisbaixa... -Não gosto nada de chuva! "Quando chove, a paisagem recolhe"..., se não há um raiozinho de sol, não consigo nem sequer um sonhinho...vejo tudo "negro"...
    Apesar de que, reconheço que faz falta "verde e água"!!
    Mas pronto, desde que sirva para "lavar"a senhora e ajudar a refazer-se a vida como a anseia, p'ra mim tudo bem...

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  3. " Chuva, chuva que chuvai... chuva, chuva que chuvai...
    Cantava lá fora o sapo.
    E o tempo se arrastava inutilmente. Caindo as gotas d´água nos mesmos cantos comuns. A mesma cantiga calma entoando a monotonia das horas acorrentadas. De noite os sapos repetiam a mesma toada sem variante nenhuma.
    Chuva, chuva que chuvai... chuva, chuva que chuvai..."

    Cumprimentos

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