De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes
Noite escura e fria, insónia incómoda, poemas por companhia.
Adoro a companhia dos poemas, principalmente quando são sinceros e lindos, como este.
ResponderEliminarCumprimentos
A Poesia é uma grande companhia. Este poema é lindo e extensamente completo...
ResponderEliminarUm bom dia!
lindo este soneto à fidelidade!
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