Está o país de olhos no céu, mas as árvores do meu quintal impedem que faça parte deste colectivo. Adivinhei-lhe a força, espreitando-a da porta, mas não consegui encantar-me e fui tentar dormir. Não sou nada entendida nestas coisas da astronomia, estou mais habituada a olhar o céu por outros motivos, procurando outras presenças, outras luzes também. Mas não resisti aos apelos e alertas constantes da comunicação social - quem sabe se, daqui a 18 anos, estarei viva para ver de novo este fenómeno? - e saltei da cama, com remorsos por não ter ligado nenhuma à lua quando ela se mostra na sua total pujança, atrevendo-se a aproximar-se desta bola achatada e louca que é a Terra.
Pronto, fotografei-a já alta e, agora, muito mais culta e socialmente integrada, posso ir dormir. Amanhã, poderei entrar nas conversas certas sobre o tamanho da lua, o seu brilho e, talvez, a sua forma redonda. O que eu não vou contar a ninguém, a ninguém-ninguém, são os desejos que pedi a esta lua extraordinária, a intensidade com que lhe supliquei que iluminasse outra noite, outra escuridão que nenhum sol consegue destruir...
Num país em que andamos todos no "ar", é natural que se goste de olhar para a lua...
ResponderEliminarAna
Ai Ana, como eu gostava de poder emigrar para a lua...
EliminarLuísa
A primeira imagem, com os ramos das suas árvores, é fantástica. Lembra fantasmas e romances!
ResponderEliminarIsabel
E não lhe lembra vampiros? A mim lembra...
EliminarLuísa
O que pediu à lua? Queria tanto saber...
ResponderEliminarJoão
Mas que curioso...
EliminarO que eu admiro a sua ironia ! Farto-me de rir!
ResponderEliminarMª da Graça
E que bom é rir! É o que nos resta neste país de doidos!
EliminarLuísa
Gostei imenso das fotos,têm dedo de mestre!!!
ResponderEliminarEspero que a lua recompense e concretize os seus pedidos.
Duvido...
EliminarMas obrigada!
Luísa