Não há muito tempo, Mia Couto foi justamente premiado e eu recuperei a sua ternura criadora de neologismos fantásticos. Veio o poetar, a belezura, o encompridar, etc. Gosto de Mia Couto, gosto de me perder nas suas páginas, experimentando uma língua que, sendo a minha, se recria para me surpreender. Ora, estes neologismos nada têm a ver com a mania, dantes politica mas agora dolorosamente generalizada, que alguns tecnocratas (e burRocratas) têm de inventar palavras. Esses assassinos da língua, na minha opinião, tentam inventar palavras para dar dignidade ao que o não tem, ou para fazer parecer difícil uma coisa simples. Os políticos, por exemplo, usam até a surpreendente expressão do à anteriori (!!!) entre outras que me fazem rir (para não chorar).
Mas, infelizmente, não são só os políticos que maltratam a nossa língua... Os professores (que mágoa) também gostam de inventar para complicar e, assim, esbarramos com distratores e desfazedores que me causam raiva! Será que as pessoas acham que, por usarem palavras compridas e sem sentido, vêem reconhecida superioridade intelectual?
É que eu acho que o que acontece é exactamente o contrário!!
Mas, infelizmente, não são só os políticos que maltratam a nossa língua... Os professores (que mágoa) também gostam de inventar para complicar e, assim, esbarramos com distratores e desfazedores que me causam raiva! Será que as pessoas acham que, por usarem palavras compridas e sem sentido, vêem reconhecida superioridade intelectual?
É que eu acho que o que acontece é exactamente o contrário!!
Concordo que há muitas pessoas que acham que falar "difícil" é ser-se culto. É a vida das aparências, como a Luísa tantas vezes diz!
ResponderEliminarMª da Graça
Achei brilhante a escolha da imagem: Há gente com vistas mesmo estreitas!
ResponderEliminarFernando
Neodiotices... cultignorância... ou parvoíchapada?
ResponderEliminarÉ a moda exibicionista de uma acultura que faz moda neste país decadente...
Razão tinha o Eça!