É necessário proteger o ambiente, devemos separar o lixo, optar por papel reciclado, guardar as tampinhas de plástico, etc. etc.etc. Tudo verdade, quase comum e generalizado. O que me surpreendeu, um dia destes, foi ter sabido que o navio Funchal, e mais três dos quais não sei o nome, tinham sido comprados, e reciclados, transformando-se em navios para Cruzeiros de luxo. Vi, e ouvi, o novo armador falar dos navios com entusiasmo, convicto de que terão sucesso, e vi, também, a antiga tripulação do Funchal, há dois anos no desemprego, feliz com a recuperação do navio.
A dada altura da Reportagem, que vi na SIC, um dos mais antigos tripulantes do navio, habituado a muitos mares - como ele dizia -, afirmou o seguinte: - "Em Portugal gostam muito de dizer que somos um país do mar, mas do mar não percebem nada, e ao mar não ligam nenhuma!". Pareceram-me palavras sábias. De facto, desde a epopeia dos Descobrimentos, há mais de 600 anos, o que temos nós investido no mar? De que forma temos sabido beneficiar da vantagem de tanto mar? O que fizemos foi encher as praias de betão, sujar as águas, destruir falésias, vender a pesca, destruir os armadores! Cantamos o mar no Fado, enchemos com ele a Poesia, mas não soubemos, e continuamos a não saber, aproveitar as suas potencialidades e fazer dele riqueza (nem falo dos submarinos... tenho vergonha).
Gostei de ouvir o projecto do novo dono do Funchal e, se me sair o euromilhões, será neste navio que farei o meu primeiro cruzeiro!
Fotografia de praia à noite! a setôra e a mania de não gostar de gente!
ResponderEliminarAna
Não gosto de gente, tens razão, mas gosto de Pessoas!
ResponderEliminarLuísa