A minha cidade está de luto. As igrejas estão todas de portas abertas, o silêncio é escuro e doloroso, a tristeza lê-se nos olhares de todos. De repente, Portalegre abriu os telejornais com a triste notícia de um brutal acidente de autocarro. As possíveis causas são muitas, mas a realidade é só uma: - Morreram onze pessoas de uma forma bruta e inesperada! Ao mesmo tempo, sabe-se de um incêndio numa discoteca no Brasil, mais de 200 mortos, muitos jovens. Mas é longe, agora, a dor alheia.
É a dor próxima que nos faz calar e circular magoados na cidade branca.
Hoje, na pequena comunidade que é Portalegre, na minha cidade de cheiros conhecidos, a morte impôs a dor e o silêncio. Em todas as casas alguém deixou saudades. A cidade, a nossa cidade, está de luto intenso, vestida de dor sentida. De repente, a vida parece ainda mais valiosa e, paradoxalmente, mais frágil...
É verdade, Luísa, mesmo longe tem-me sido difícil não pensar no sofrimento da gente da minha (nossa) terra! Fiquei chocada e não encontro palavras...
ResponderEliminarPenso nos que ficaram e na enorme dor de todos.
Um beijo