No meu livro de língua portuguesa da escola primária, há quantos anos?, havia um texto que se repetia anualmente: - Mestre Finezas! Era a história de um barbeiro que, ameaçadoramente, cortava o cabelo a um miúdo indefeso. Enrolava o rapazinho num grande lençol branco e, depois, qual aranha gigante, andava à sua volta cortando cabelos. O miúdo tremia. E eu lembro-me de sentir o horror à tesoura, de me arrepiar sentindo, por simpatia, a tesoura a rasar a minha própria cabeça... Nunca mais esqueci o Mestre Finezas!
Agora, olhando a televisão, o Mestre Finezas voltou. Vi-o, assustador, na pessoa do porta-voz da troika que anunciou, sorrindo, a necessidade de cortar tudo. Cabeças também, se for à borla...
Mas, quando o corte serve para melhorar o estado e o ego, para remoçar e deitar fora o que está a mais... porque não!
ResponderEliminarCortar o cabelo é bom, quando o é frito por boas mãos...
Era um texto de Manuel da Fonseca! Um texto fantástico e, desculpa que te diga, ao pé dos nossos políticos o Mestre Finezas era um anjo!
ResponderEliminarLena