Amanhã é o dia. Quarenta anos sobre a Revolução, sobre a Liberdade conseguida, sobre a Igualdade apregoada. Preparam-se festejos, comemorações, palestras, reflexões, memórias. Os meninos, embora não saibam sequer o que foi o 25 de Abril de 1974, dizem poesia de Ary dos Santos e fazem coro bonito gritando liberdade. As Câmaras Municipais engalanam-se, os cravos encomendam-se e os fatos domingueiros saem do roupeiro.
Olho os preparativos, a véspera, com alguma angústia. É que, penso ás vezes, e Portugal muita coisa fica pela véspera, pelo adiar eterno do essencial. Temo que com Abril o mesmo possa acontecer e tenho medo. É que a Liberdade, a Individualidade, a Verdade deviam ser ideais assumidos e não sempre situados na véspera da sua concretização...
Não, Luísa, não pode ser.Tudo o que disserem e fizerem não impede que, dentro de nós, continuemos o nosso trabalho para "salvar" Abril!
ResponderEliminarUm beijo e continua a tua (bela) tarefa de professora: isso vai ajudar!