O alecrim cresceu solto e livre, transbordou do canteiro e perfuma abundantemente o cabrito que já temperei. Nas minhas mãos ficou o cheiro intenso, e eu penso que talvez ele perfume o vazio que a vida vai deixando nos meus dedos. As coisas, muitas e diversas, vão acontecendo, os tempos vão-se esgotando, as desistências sucedem-se, a vida impõe-se. Pouco fica, para além das memórias que, também elas, doem às vezes de mais, das saudades muito gordas a ocuparem uma imensidão de espaço.
O silêncio é muito, o calor excessivo, a minha Páscoa fere que se farta!
O teu cabrito fica sempre tão bom!! O segredo é o alecrim da Serra?
ResponderEliminarBeijinhos