segunda-feira, 7 de abril de 2014

MODERNIDADE

Não sei bem o que é ser moderna. De facto, lembrando o Modernismo de Marinetti, creio mesmo que nada há de moderno nos dias de hoje... Mas enfim, o que acontece é que vivemos, eu pelo menos vivo, numa loucura de afazeres, imposições e relativismos que dizem ser reflexo da tal modernidade que eu desconheço. Vivo confrontando-me com o espelho que nos define, esta verdade Lapalissiana de que nos vemos no outro, que nos completamos no outro, perdendo vezes demais o que me faz ser eu, a minha essência, sem saber como remediar a questão. A juntar a tudo isto, como se fosse pouco..., vivo pressionada pela modernidade máquina: - Preciso do telemóvel sempre, uso o computador todos os dias, fico angustiada e atrapalhada se a net não funciona. Foi o que me aconteceu hoje. WOW, ia ter hi-fi a funcionar perfeitamente. UAU, nada funciona!!
Agora, já tarde e depois de falar com muitos técnicos simpáticos a chamarem-me senhora Maria, só queria mesmo era voltar à ante-modernidade. Aquele tempo em que o meu número de telefone era o 345 e está lá era a maior das inovações...

1 comentário:

  1. Ó Luisa , como eu fico furiosa quando me tratam por senhora Maria! Não fosse eu, nas circunstâncias, estar na "mó de baixo" pois estou a precisar dos serviços de um qualquer miúdo, num qualquer "call Center" não resistiria a reagir...
    Já agora, o número dos tais telefones da minha meninice um era 178 o da casa dos meus pais e o da casa da minha avó o 219 e claro, passando sempre a chamada pela menina telefonista,neste caso sediada nos Correios.

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