Há muitas formas de dizer amo-te. Muitas formas de garantir amor. Mas nem sempre sabemos, ou somos capazes, de fazer valer esse amor dito, transformando-o em amor vivido.
Temos medo de dizer que sim, que amamos e queremos viver ao lado dos que amamos. Então, damos desculpas, inventamos, ou escolhemos, outras prioridades e, aos poucos, vamos-nos esquecendo do tal amor dito, não vivido. Vamos adiando, afastando, condenando, julgando, exigindo sem dar e, de repente, o amor dito já não existe. Foi-se. Esgotou-se nos adiamentos, nas distâncias, nos desinteresses, no gelo que colocamos a queimar a ternura e a cumplicidade que fazem o amor dito. São coisas esquisitas de homens e mulheres, da existência estranha que faz o quotidiano, talvez.
Um dia, vai ficar tudo negro. Chegará o fim e, então, de nada servirão os habituais lamentos sobre o que erramos na vida.
Um murro no estômago. Revemos-nos nas suas palavras. Uma Santa Páscoa!
ResponderEliminarAntónio
Luísa, é um texto lindo, mas impressionou-me. Boa Páscoa e boa viagem
ResponderEliminarLena