Eu tenho a certeza que as memórias têm sabor. Tenho a certeza, também, que a gastronomia define lugares e influencia existências! É por isso que, quando tudo parece descambar, quando os trilhos da vida parecem irremediavelmente fora do lugar, gosto de fazer uma boa açorda alentejana, com poejos mesmo, com ovo escalfado no ponto certo, e aquecer o invólucro da alma.
Gosto do cheiro verde, do fumo quente, do azeite puro, das ausências que são presenças enquanto corto o pão duro, do verdadeiro, à mão mesmo.
Não há dúvida que só no Alentejo, nesta província longa de Tempo e sonho, no espaço pintado de amarelo e negro de sombras de sobreiros promissores de riqueza, podia existir uma sopa assim, capaz de ressuscitar até um morto (de alma)!
A maravilhosa açorda que, como dizes e bem, dá vida até a um morto! Tens sorte, tens os poejos mesmo à mão no teu jardim, no teu mundo da Serra! Aqui, só coentros e já não vou mal: porque há aqui uma grande comunidade de alentejanos! Um beijo e quando aí for, fazes-me uma açorda!
ResponderEliminarVou fazer ainda melhor... Calma!
EliminarBeijinhos e aguarde...
A melhor sopa... o Alentejo imenso condensado num prato de sabores e aromas...
ResponderEliminarEssa Açorda é um Bem de Deus! Ave Luísa!
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