Fecham-se portas, abrem-se portas, isolam-se afectos, protegem-se carinhos, escancaram-se janelas e criam-se, ou impedem-se, cumplicidades.
Sempre tive a mania de fechar portas. Gosto do espaço quente, protegido de intervenções externas, protector das intimidades. Quando fecho a porta da minha sala de aula, sei lá porquê, sinto que o espaço fica mais nosso - meu e dos meus miúdos -, que criamos um casulo onde é possível fazer nascer ideias, crescer sonhos, fermentar saberes. Quando, em minha casa, fecho a porta do meu quarto, abro o mundo dos sonhos que, quase sempre, as minhas leituras me trazem. Não penso que fechar uma porta, literalmente, signifique afastar alguém, impedir ternura ou conversas. Pelo contrário, o fechar das portas confere, para mim, sentido íntimo aos lugares. Às vezes, verdade mesmo, gosto muito que me batam à porta e abro-a com alegria e prazer. É o que acontece sempre que a ternura chega, a saudade se aproxima, as memórias surgem...
tum, tum, tum ...
ResponderEliminarestou a bater à porta...!
É bom haver uma porta... Dá para fechar, muitas vezes, mas, sobretudo, dá para abrir, para receber quem bate à porta, quem nos visita.
ResponderEliminarA porta abre-se à felicidade, abre-se ao amor, abre-se à vida.
A porta também se fecha quando procuramos momentos de felicidade, também se fecha na altura de amar e também se fecha quando a vida quer intimidade e cumplicidade.
Cumprimentos
As portas existem, para abrir e para fechar.
ResponderEliminarO difícil, é sabermos, quando se deve abrir ou fechar as portas.E nisto, reside a nossa segurança, ou a nossa fatalidade, às vezes.
Mas é uma sorte,haverem portas.O que seria de nós sem portas?
Por vezes é necessário fechar "essa" porta.
ResponderEliminarFicarmos no nosso mundo, sentir a segurança que uma porta fechada sabe trazer.
Mas fechar só por momentos...
Beijo