Cheira mal, está frio, reina a desordem no aeroporto de Faro. Estamos em Portugal e o caos domina. Tento aquecer as mãos no café duplo e olho o espaço que conheço de cor. Vou partir de novo, em busca da ternura certa, do olhar curioso do meu neto. Parto ansiosa, numa mistura de sentires que me angustia. Aqui, deixo muito de mim, lá está muito de mim e concluo que não sou nada de substantivo. Sou, apenas, a soma de muitos sonhos, os resíduos de muitas desilusões, uma montanha de anseios, presenças e ausências de outros que me fazem ser assim: - Uma mulher que aquece as mãos, num aeroporto caótico, numa chávena de café italiana. "Não sou nada, não posso ser alguém. Àparte isso, tenho em mim todos os sonhos do Mundo!" (Adaptação muito livre...)
"Não sou nada.
ResponderEliminarNunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Aqui, da janela do meu quarto, onde alcanço a Tabacaria com o olhar, vejo a vida a passar diante, as vitórias, os fracassos, as esperanças, os sonhos, sempre os sonhos...
Boa Viagem!
Beijos.
Álvaro
De partida, a desejar o neto, a descansar da vida, a lavar os resíduos, a pôr no lixo as desilusões, a deixar que os sonhos do Mundo preencham a sua Vida.
ResponderEliminarCumprimentos
E não somos todos um pouco assim?
ResponderEliminarSomos. Ninguém é diferente de ninguém.
Boa viagem e aproveite bem estes dias de descanso bem merecido.
bon voyage et au retour
ResponderEliminarm. beijos
J
Se tem em si todos os sonhos do mundo, se vai ver o seu neto e com saudades,se consegue aquecer as mãos na pequena chávena de café, então é alguém bem substantivo!
ResponderEliminarApesar do aeroporto ser desconfortável, espero que tenha uma grande viagem!