Lancei o desafio. Vamos escrever um conto, ou muitos contos, com apenas 15 palavras. Para complicar, tem de existir a palavra sapato! Vieram os protestos, - a setôra só tem ideias esquisitas - isso é impossível- podem ser 15 linhas? - mas, esbarrando com o meu silêncio, passaram à fase seguinte. Silêncio, lápis na boca, borracha apressada. Eu lembrei o tempo: - Só 15 minutos! Para haver sintonia... Desta vez, fui eu quem esbarrou no silêncio.
Tempo esgotado, sairam as produções: - "Um sapato abandonado chorava no passeio. Porquê? Porque o par partira, empacotado. Chorava, sozinho, desemparelhado..."; "A mulher já não dançava. Partira-se, ali, o salto do sapato. Indiferente, o baile continuava!"; "Tranco-me na solidão. Sou o sapato apertado que a Cinderela recusa..." e seguiram os contos curtinhos, fazendo-me sorrir, fazendo-me acreditar que, felizmente, a juventude não é um sapato abandonado que alguém deita para um canto...
Acho uma delícia os continhos.E romanticos....demonstram sensibilidade e humanidade, para além de imaginação.Boa juventude.Trazem esperaça à vida.
ResponderEliminare calhar, parabéns à Professora, também...
Eu não conseguia imaginar um conto tão curtinho!
Há contos lindos, curtos, quase minúsculos, muitos são histórias de amor, outras de encantar e tantas de magia...
ResponderEliminarBom Carnaval!
Beijos
Alberto.
Sei da história de um sapato que se recusava a sair da montra da sapataria porque sempre quis ser um actor de teatro e a montra era o seu palco.
ResponderEliminarCumprimentos.
Roubaram-lhe o sapato! Aquele que dava sentido à caminhada da vida... Mas, ela não desistiu!
ResponderEliminarBeijinho
Enquanto o sem-abrigo dormia transido de frio, um dos seus sapatos, de "boca" escancarada, sorria...
ResponderEliminara minha mãe ´embalava-nos´ assim :
ResponderEliminarera uma vez o senhor mar com muita onda, muita onda... ´e a menina adormeceu nos braços de sua mãe´
serão 15 p ? não ? ah! esqueci os sapatos, mas como devem estar debaixo da cama, também vale assim ?
beijos
J
Sim senhor, belo conto.Parabéns!
ResponderEliminarE eu posso até acrescentar, que, com tanto frio, o sem-abrigo acabou por morrer... e o sapato continuava a sorrir...
Conto verdadeiro, a semana passada, perto de mim.