Talvez avaliar seja a tarefa mais difícil do quotidiano de um professor. É tão complicado ser objectivo, rigoroso, exacto... E pedem-nos que sejamos isto tudo e, ainda por cima, infalíveis. Desumanos, querem dizer. Como é possível não falhar? Como é possível transformar em número exacto, rigoroso, arredondado, desempenhos de meses? Como professora, e muito ansiosa sempre com a verdade da avaliação que faço dos meus alunos e de mim mesma, tenho a certeza que erro na avaliação. E, o que mais me angustia, não sei como eliminar definitivamente esta certeza de margem de erro... Quer dizer, eu, verdade mesmo, até sei como poderia fazer para que a avaliação fizesse mais sentido, fosse mais real. Bastaria adoptar o portefólio, exterminar as grelhas excel e os critérios e pesos, criando perfis de desempenho e níveis de competência. Só que, porque será?, ninguém quer alinhar nos meus sonhos! Na minha escola, avaliar é uma paranóia colectiva! Chovem testes intermédios, constituem-se equipas de avaliação interna, entopem-se mails com inquéritos, fazem-se cruzes e cruzinhas, dão-se instruções, distribuem-se questionários, recolhem-se, fazem-se estatísticas, e eu, confesso, dou comigo a pensar que nada disto faz sentido. Nenhum sentido! Cruzes!
Avaliar os outros é sempre difícil e complicado.
ResponderEliminarAinda mais no caso de jovens em formação, em crescimento, com culturas e educações tão diversas.
Resta o bom senso e a consciência de que se fez o melhor possível.
Cumprimentos.