Faz de conta é uma brincadeira frequente, que eu gosto de fomentar, junto das crianças. Faz de conta que és um lobo, tens de te esconder de mim que sou caçador; faz de conta que és a fada Sininho, tens de deitar pós de ouro sobre mim; faz de conta que aqui é a praia, temos de andar descalços... e, assim, vamos vivendo impossíveis e aprendendo a ser.
O pior é que, como tempo (maldito Tempo) até o faz de conta muda e, muitas vezes, choco com ele abruptamente. Faz de conta que comprendemos as medidas que o governo impõe; faz de conta que o dinheiro estica até ao fim do mês; faz de conta que a ausência não dói; faz de conta que gostamos de toda a gente; faz de conta que aceitamos as aberrações da sociedade. Enfim, vezes demais, faz de conta que somos felizes. A sério, sem, desta vez, fazer do faz de conta mentira!
E se em vez de fazer de conta, se contasse connosco mesmo?
ResponderEliminarSe em vez de fazer de conta que somos felizes, o não somos mesmo?
Se em vez de fazer de conta que a ausência não dói, não exigimos presença?
Se em vez de fazer de conta que está tudo bem quando tudo está tão mal, não fazemos por lutar por esse bem?
Cumprimentos.
O faz de conta é uma brincadeira que costumo fazer com o meu filho, somos os "Príncipes Arabianos" e vivemos numa floresta. é fantástica esta brincadeira. Já na altura que a minha filha era pequenina também brincávamos mas aí vivíamos num castelo. Coisas de meninas.
ResponderEliminarJá basta o fazer de conta na vida real de tanta coisa, que às vezes sabe tão bem este faz de conta infantil.
beijo
O "faz de conta" infelizmente, impõem-se nas nossas vidas, mas, a real, como a nossa segunda pele.É como quando se diz, que, quando se mente muito, se acaba, por ver a verdade nas mentiras...,"salvo seja", mas, será um pouco, assim mesmo.
ResponderEliminarFazer de conta, eu acho que, acaba por ser um acto de generosidade...«quem havia de dizer».
Mesmo as pessoas mais transparentes, mais impulsivas, usam alguma vez o "faz de conta"...
Eu uso também, confesso, mas de vez em quando adoro "arrear a bronca" a quem me merece, e aí, é o limite do faz de conta! Desculpem esta expressão.
Conclusão: o faz de conta tem limites!