Com a capacidade que o Tempo tem de se arrastar nos dias maus e acelerar nos momentos bons, num instante os regressos acontecem. Voltam depressa demais os aeroportos, as multidões multiculturais e desconhecidas, as solidões apressadas com trolleys coloridos a reboque.Não é fácil, às vezes, voltar à realidade, aos tempos de chatices e dificuldades. Não é fácil voltar ao Portugal eternamente adiado, não seduz o teste intermédio do 12º ano já amanhã, não é atraente acompanhar o 10º ano em mais uma visita de estudo. No entanto, num pragmatismo consciente, é preciso aceitar os regressos e retomar rotinas. Eu odeio rotinas!
Se eu pudesse, se tivesse uma varinha de condão, transformaria em horas cada um dos segundos vividos em Cambridge. Como não tenho varinha de condão, fecho a mala, despeço-me e parto. Daqui a pouco, estarei no meu mundo. Ou não. Porque sempre penso que pode ser desta vez que o avião cai. Se assim acontecer, não voltarei a Cambridge!
Não voltará Cambridge, nem a lugar nenhum.
ResponderEliminarMas o avião não cai, nem vai cair! Vai chegar, vai estar por aqui e vai voltar a Cambridge, vai voltar à vida, à sua escola, aos seus alunos... E vai voltar de espírito renovado, de alma lavada, de coração a bater, porque os tempos de Cambridge, o neto, a filha, são revigorantes e salutares.
A varinha de condão, deixe-a para os momentos mágicos da vida que estão a acontecer.
Beijos
Fernando
A rotina faz parte do tal puzzle, e mais os testes...
ResponderEliminarO avião vai chegar direitinho e logo breve, quando derem as saudades, Inglaterra outra vez!!
Pelos vistos o avião chegou e está sã e salva.
ResponderEliminarAinda bem!
Uma boa semana.
Cumprimentos