Sai de casa cedo, noite ainda, e, indiferente aos 40º graus que a rádio anuncia, começa o dia. É um jovem alentejano, agricultor, que carrega na pele uma herança com raízes perdidas no tempo. Bem português, não se envergonha de amar a terra e os animais, de saber de cor os nomes das muitas vacas que cria, de amar os cavalos que cuida e monta. Na sua juventude é com orgulho que veste os trajes de trabalho, com identidade própria, e que coloca o chapéu que o há-de proteger um pouco do sol do Alentejo. Do trabalho necessário de ferrar o gado faz jogo, e a derriba acontece. Juntam-se os espanhóis com os portugueses, uma união feita de gentes e vontades, constituem-se as equipas e inicia-se a derriba.
As paragens são curtas, apenas para um cumprimento, para um gole de água fresca. O Alentejo mostra-se imponente e vivo, os enormes sobreiros emolduram o espaço. Olho o campo, o meu mundo, os meus sobrinhos, e sinto uma raiva enorme feita de incompreensão: - Porque não deixam os jovens ser portugueses? Porque fecham portas e os mandam embora? O que estão a fazer ao pobre Portugal?!
Estão a rezar? Nunca vi uma derriba, mas gostei do seu entusiasmo.
ResponderEliminarFernando
Viva o Alentejo e os alentejanos, sempre!
ResponderEliminarAdoro o Alentejo todo. Vivi em Beja 8 anos e tenho por lá irmãos e sobrinhos.Amo os "Montes" e os seus pôres-de-Sol; nem há nada mais lindo.
DEIXEM BRILHAR O "CELEIRO" DE PORTUGAL E OS SEUS FAZEDORES!!