quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TORTURA

Em tempo de férias, estirada no sofá gozando o dolce farniente de uma noite de domingo, esbarrei com o novo programa da SIC, "Cante se Puder". Cedendo à publicidade, e porque acho uma certa graça ao César Mourão, fiquei a assistir. Valeu-me três noites de pesadelos! O que vi foi a exploração do horror, a tortura autorizada e consentida, o absurdo violento. Fiquei arrepiada com as miúdas cobertas de cobras, de larvas, de baratas e outros bichos asquerosos, fiquei impressionada com os concorrentes alvo de choques eléctricos e com o "convidado" que foi bombardeado na cabeça por bolas de ping-pong! A plateia, entre olhares de horror e gargalhadas, aplaudia freneticamente. No final do programa, (sim, vi mesmo até ao fim!), aparecia uma informação destacada: "Nenhum animal foi molestado durante as gravações"! Decerto ficaram mais tranquilas as consciências protectoras dos bichinhos, decerto a SIC ficou descansada por ter obedecido às exigências da sociedade disparatada de hoje, mas eu gostava mais de ter verificado a não agressão a seres (relativamente) humanos...
Eu sei que este formato de programas não é português, que foi comprado a outras televisões. No entanto, não consigo ficar indiferente ao que me parece um verdadeiro absurdo! Fará sentido passar por tanta violência psicológica para ganhar mil euros, ou menos? Incomoda-me a violência sob qualquer forma e, também por isso, não consigo compreender esta exploração das pessoas, ainda que os animais não sejam maltratados...

6 comentários:

  1. Não vi o programa e, pelas suas palavras, ainda bem!

    Fernando

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  2. ESTES PROGRAMAS...ISTO É MUITO ESQUISITO...MUITO ESTRANHO , OU NÃO?!
    EU, SE CALHAR, SOU UM BOCADO SALOIA, BACOCA.FICO SEMPRE A OLHAR COMO UM BOI OLHA PARA UM PALÁCIO!
    A SETÔRA A VER TELEVISÃO, DE FÉRIAS, NA PRAIA?!!!
    BOAS FÉRIAS...

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  3. Raramente vejo televisão, por moto próprio nunca a ligo e portanto só eventualmente,se estamos a almoçar ou a jantar à hora do noticiário, isso acontece.
    Porém tenho cá tido o meu neto Nuno (13anos) e como eu sou uma espécie de avó-mãe não o deixei ficar a ver o tal programa sozinho e embora o título não me parecesse duvidoso, fiquei com ele...
    A minha reação foi semelhantes, e interrogo- me como se pode gostar, aplaudir semelhante estupidez à qual se acresce a estupidez da informação de que os bichos não foram molestados! Mas quais são os direitos das baratas e de outros rastejantes? Já agora os seu defensores deviam por em tribunal internacional quem fabrica insecticidas, ratoeiras e por aí!
    Como este mundo está maluco! Como se inverteram algumas situações!

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