Terminavam sempre as histórias infantis com e foram felizes para sempre, depois do principe casar com a princesa. Como o para sempre das crianças é imediato e breve, fechava-se tranquilamente a capa do livro e os meninos e meninas adormeciam, tranquilos, seguros na felicidade eterna das suas personagens. Mas os meninos cresceram, as meninas tornaram-se mulheres e, de repente, o para sempre deixou de acontecer. Quando se é feliz para sempre? Onde ficou a magia tranquila e pacificadora das estórias infantis? Onde está o tal principe encantado, esbelto, corajoso, lindo, bem cheiroso e, impossível?!, atento às necessidades da sua princesa? Algures, nas páginas dos velhos livros que lia às minhas meninas, ficou muita da minha fé na humanidade. Hoje, vendo as crianças encantarem-se com seres verdes e robotizados que vivem noutros planetas, são violentos, têm (assumidamente...) antenas na cabeça e trocam as refeições por pílulas coloridas (não Pintarolas nem Smarties), apetece-me reinventar o viveram felizes para sempre. Ao menos às crianças, que se não apague o sonho!
Quando se descobre o verdadeiro amor, aquele que encanta, aquele que nos enche a alma e o coração, aquele que nos entende a vida, o "viveram felizes para sempre" está implícito, "para sempre"!
ResponderEliminarCumprimentos.
"É preciso acreditar..."
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