quinta-feira, 24 de maio de 2012

Morrer de Mansinho

Se eu morresse em África,
a savana não daria pela minha ausência.
Se eu morresse no deserto
a areia continuaria a aquecer.
Se eu morresse no mar,
o polvo continuaria a camuflar-se.
Se eu morresse  na Austrália,
a montanha azul continuaria a produzir os seus reflexos mágicos.
Se eu morresse no Brasil,
os papagaios continuariam a palrar.
Se eu morresse em Paris,
a Mona Lisa continuaria a sorrir.
Se eu morresse em Roma,
o Coliseu continuaria a impressionar...
Mas, se eu morresse aqui, no meu canto
haveria lágrimas e cresceriam saudades!
E eu queria morrer de mansinho.
Sem provocar lágrimas.
Sem deixar saudades.

2 comentários:

  1. ( que exagero! ontem vi-a, em grande animação, a cantar o fado nas festas da cidade, e hoje..)
    morrer de mansinho?! já somos muitos..

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  2. Morrer às vezes apetece, mas viver é muito melhor... com quem se quer!

    Cumprimentos.

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