Os muito ricos franceses querem pagar mais impostos, querem ajudar a combater a crise. Lindo! Como diria Astérix: - "Estes franceses são doidos!". Mas ainda bem que são doidos porque, de facto, faz mais sentido serem os multi-multi-milionários a pagar, em vez de serem os desgraçados (como eu) que vivem de ordenados muito magrinhos.
No entanto, apetece-me dizer, porque é verdade, que nada tenho contra os ricos, antes pelo contrário! Para mim, o razoável e normal é uma pessoa desejar ser rica, viver bem, poder ter o conforto que uma boa conta bancária sempre dá. Claro, já sei, o dinheiro não dá felicidade...mas, deixemo-nos de balelas, não dá mas ajuda muito a adquirir! Mesmo a saúde, ou a falta dela, suporta-se melhor com tratamentos de um bom hospital do que nas listas de espera do moribundo SNS!! Sempre achei que aquela conversa de "para ser feliz, basta-me saúde e amor", soava a falso. Saúde, amor, e pedir esmola é ser feliz? Só na literatura de cordel...
Embirro com o materialismo sufocante dos nossos dias, mas não chego ao ponto de achar que é muito bom ser pobre. Contudo, acho brilhante e louvável a ideia de serem os riquíssimos a ajudar a pagar a crise. Mas se for de verdade! É que, para quem tem milhões e biliões, dizer que pagarão cerca de 1250 euros por mês, soa-me a pura demagogia e, sei lá porquê, suspeito das boas intenções anunciadas.
Lembro-me de, há muitos anos, alguém ter escrito na parede do cemitério "A Terra a Quem a trabalha" e de alguém, com sentido de humor, ter completado "Levantem-se preguiçosos!". Será por acaso que a memória me traz esta imagem?
No 25/4 dizia-se: "os ricos que paguem a crise". Eles pagaram, mas cobraram juros altos, muito altos e, agora, estamos todos em crise.
ResponderEliminarSer rico é melhor que ser pobre e, se o dinheiro não traz felicidade já estou como dizia o outro: "mais vale chorar sentado no banco do meu Rolls Royce, do que chorar sentado no banco do Fundo do Desemprego".
O problema é que o problema do dinheiro e da riqueza é uma coisa muito antiga. Dizia-me o meu Professor da segunda classe, tinha eu os meus sete anos: "Dê o mundo as voltas que dê, gire do modo que girar, os ricos hão-de ser cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres" E eu, agora, acrescento: o que vale a isto tudo é a classe média trabalhadora a alimentar, cada vez com mais dificuldades, os pobres e a engordar, cada vez mais, os ricos.
Cumprimentos.