As bruxas andaram ontem à solta, mas eu oiço-as hoje. Oiço-as rindo-se de mim, troçando da minha noite sozinha, gargalhando face aos meus sentires sempre exagerados. Sinto as bruxas maléficas apropriando-se das rédeas da minha vida e desejo o absurdo. Queria ter baba de caracol, pelos de pulga, patas de escaravelho, cuspo de mosca, visco de sapo, bigodes de gato preto, latidos de cães mansos e, num grande caldeirão, ser capaz de fabricar uma poção que me tornasse invulnerável à desilusão, impermeável à saudade, insensível à dor.
A noite sozinha pode servir para refletir, para pensar a vida, para sonhar uma vida melhor, uma vida sem troças, sem desfaçatez, uma vida com amor, com paz...
ResponderEliminarCumprimentos.
E para que é que queria ser invulnerável à desilusão, impermeável à saudade e insensível à dor? Então não seria humana e normalíssima com esses sentires exagerados.As bruxas são muito estúpidas, não conseguem apropriarem-se das rédeas da vida de ninguém, e nem interferirem no nossos destino!
ResponderEliminarAté o destino é como dizia Torga: "O destino destina, mas o resto é comigo"!
A vida tem de ser pegada com a força dos quereres e sentires todinhos!!
Abraço...
Querida, as pulgas não têm pêlo...
ResponderEliminarVamos encontrar esse caldeirão e, juntas, fazemos a poção!
Esta dos pêlos de pulga...sinceramente está de morrer!
ResponderEliminarSó a Setôra mesmo.