Decididamente, adoro o inverno. Gosto da chuva, dos dias cinzentos, da humidade que escorre nas vidraças, do vento que uiva nas noites longas. Nesta época, a minha terra ganha novas cores e o meu coração aquece na antominia que me caracteriza. Hoje, bem cedo, encontrei a Serra vestida de vermelho e dourado. O ar cheira a fresco puro, a resina, a dióspiro também.
Um poste de electricidade está embrulhado em vinha virgem vermelho vivo. É um grito de paixão em direcção ao céu que me comove. Queria também chegar ao céu, seja lá isso o que for...
As cores de fora mexem com os meus sentires. A minha tristeza, a minha incompreensão do real vivido, é também intensa e vermelha. É o vermelho da paixão que me faz levantar a cada amanhecer e, apesar de todos os pesares, olhar o mundo e agir. É a paixão intensa que me faz acreditar que sim, que é possível ser feliz, que sim, que vale a pena seguir lutando, que sim, que no Outono da minha existência há essências a realizar.
Essências a realizar, vidas a reconstruir, desejos a cumprir.
ResponderEliminarA vida a renovar-se, como a Natureza.
BOA SORTE!
Cumprimentos.
Outono da existência?!
ResponderEliminarQuando se têm essências a realizar, e as cores da Natureza mexem com os nossos sentires, está-se no "Verão da existência" e ou, na "Primavera da existência"!- 'Bora lá, a olhar o mundo e agir com a paixão intensa que a faz acreditar que sim.
Paixão atrai paixão!
É isso que faz mudar o mundo..vai conseguir!
Quais tristezas...só se estivesse tudo cego!!
Até a serra está vestida de vermelho e dourado, também alegre, já a indicar o Natal e a ajudá-la também.
Há sempre, ainda ,coisas a realizar.
ResponderEliminarDeixar de sentir isso é ficar vazio.
A vida vale a pena. Há muita tristeza, mas também há muita beleza e muita coisa boa.
Um abraço