Diz o Rui Veloso, com o inconfundível sotaque nortenho que o caracteriza, que não se ama alguém que não ouve a mesma canção. Gosto de o ouvir e, muitas vezes, é ele quem me acompanha nas minhas peregrinações pelo meu Alentejo. De noite, a coberto do escuro, chego a atrever-me a cantar com ele... Hoje, estou de acordo com ele, profunda e completamente de acordo, e sinto que, de verdade e sem romantismos, não se pode amar alguém que não ouve a mesma canção. Que não tem os mesmos objectivos, a mesma forma de ver a vida, as mesmas preferências. Não se pode amar quem não se comove com o mesmo pôr de sol. Ou seja, um amor assim não pode ter sucesso! Porque, se calhar, o ser humano é um animal de hábitos e não muda; ou porque vivemos na era do umbiguismo e ninguém faz cedências; ou apenas porque para um amor se acertar é preciso que os dois dancem ao mesmo ritmo. Hoje, com muita chuva lá fora, embrulhada no silêncio escuro que o vento interrompe, concluo que de nada vale empenhar anéis de rubis, saldar corações de ouro ou estilhaçar sentires dourados se a canção que se ouve só a um agrada.
Por isso muitas relações acabam, porque o amor nunca chegou a existir.
ResponderEliminarAmar é entender, amar é ceder, amar é acompanhar, amar é dar, amar é sentir, amar é perceber.
Cumprimentos.
Nos dias de hoje é raro(para não dizer impossível), encontrar um amor assim. Tudo está inflacionado, todos se preocupam só com eles próprios, e pensar nos outros é coisa que já se não usa. Fui educada noutros tempos. Fui influenciada por pessoas honestas, verdadeiras, romanticas. Por ti, que transbordavas sentires e emoções. Cresci num mundo de amor e agora a vida mostra que esse amor já não existe.
ResponderEliminarEu empenhei todos os meus anéis e vê lá o que deu...
Tinha um amigo(o Ferro,lembras-te?)que dizia: "cada um olha por si e Deus olha por todos." É esta a nossa sociedade. É este o nosso mundo...
Querida mulher
ResponderEliminarO ´tempo´ tudo sara e com a Joana...
http://budices.blogspot.com
não haverá exceção.
Beijos
J
Adoro esta canção do Rui Veloso. Tem de ser exactamente assim, no amor.Mas, às vezes, lá vêm a tal descarriladela, porque a cara metade tropeça com alguma burra de saias, e, ou,vice-versa, então levamos uma paulada que ficamos arrelampados...como se fossemos apanhados pelo tal comboio.
ResponderEliminarEntão eu continuo a dizer e garanto, que o tempo cura tudo e saímos mais fortes da experiência. Então passamos a dizer que o amor é como os autocarros- Perde-se um, apanha-se outro...
Ou até, nem se quer apanhar mais nenhum...