quarta-feira, 23 de novembro de 2011

De longe

De cima, a uma altitude considerável, comecei a reencontrar a Inglaterra que adoro. Um país atapetado de verdes e castanhos, regular, nesta época pincelado de vermelhos e dourados brilhantes. A receber-me, o frio gelado, puro, real. Marquei a chegada com o café no Costa e cheguei a Cambridge tranquila, em paz com a existência. Aqui, consigo ignorar as angústias, as desilusões, os temores intensos. Pego no meu neto, dou pão aos patos, passeio no Mercadinho e deixo-me envolver pela magia das luzes de Natal que já enchem a cidade. Aqui, a ternura verdadeira do Manuel Bernardo, as gargalhadas infantis, os abraços quentes, fazem-me acreditar que viver não é, não pode ser!, cumprir rotinas e imposições. Aqui, tenho tempo para conversar comigo, para desfiar momentos de mim-comigo, de reinventar sentidos que, por vezes, me parecem inexistentes.
É bom estar em Inglaterra!

2 comentários:

  1. Ah!...Foi buscar miminhos ao Manuel Bernardo...
    Ainda bem que se encontra feliz!
    Lá está,a vida é feita de pedaços bons, e outros menos bons, tudo faz parte.
    Esperamos que nos vá dando notícias e que aproveite todo o tempo, ao máximo, com os seus!
    Felicidades.

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  2. É bom sair do que nos confrange, do que nos aperta, do que nos tortura a vida.

    É bom chegar ao jardim dos encantos, à praça dos alegrias, ao "green" dos sorrisos.

    É bom sentir ternura, é bom esperar abraços, é bom molhar a cara de beijos.

    É bom olhar, é bom falar, é bom dar as mãos, é bom recordar.

    É bom deixar os sonhos realizarem-se, é bom sentir o aconchego, é bom sentir emoções.

    É bom voltar a viver.

    Aproveite bem aí o seu tempo, o seu neto, as suas filhas, as saudades...

    Ricardo

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